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Expectativas

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  ou Como o 11 de dezembro começou a ser legal   Para ler ouvindo: XX 88 feat. Diplo Ontem foi meu aniversário. Eu não costumo dar tanta atenção a essa data pois sou uma pessoa de muitas expectativas. Expectativas essas que são ricamente alimentadas pela minha imaginação e que acabam por não serem respondidas. Sim. Fico muito triste por dobrar a esquina e ver que não tem balões, velas e todos os meus amigos segurando um bolo com a cara da Grimes nele. Mas a vida (essa piquena arteira) sempre dá um jeito de mostrar que eu tô enganada.  Tenho construído muito bem a minha firewall pra expectativas com relação á tudo (afinal tenho que me proteger de ir pra casa triste&chorosa, pra comer sorvete ouvindo Dust is Gone) e pra ontem eu realmente não tinha nenhuma.  Meu melhor amigo estava viajando, eu iria trabalhar e provavelmente passar o tempo livre estudando/lendo/pesquisando/tirando xerox porque a vida não tá nada bem e minha lista de coisas acadêmicas pra fa

Apenas mais uma sobre machismo ou o jogo que eu jogo todo dia

Em cena: Uma estrutura retangular também chamada popularmente de ônibus; aproximadamente 70 peças móveis também chamadas de passageiros. Uma missão: escapar delicadamente de ocasionais fricções (também chamadas de encoxadas), consequência do movimento constante do ônibus - ou do movimento de determinados passageiros, também identificados como homens sem o mínimo de respeito. Delicadamente sim, para que esse tal homem não saiba que você se incomoda bastante com esse tipo de comportamento e deseja seguir viagem em paz. Armas disponíveis: uma bolsa/mochila, um olhar feroz suficiente para afugentar e um cotovelo para evitar aproximação excessiva e demarcar território. O jogo começa. Ultrapassar a senhora com várias sacolas que tenta se equilibrar e usá-la como escudo. Tentativa falha, mais um movimento brusco que coincide com a freada repentina. Mais alguns movimentos que mais parecem emboscadas. Você está na metade do percurso e ainda não conseguiu salvar a princesa do c

Bad vibe day

       Sete e meia da manhã. Um olho aberto, depois o outro. Confiro o celular. Ainda tenho uma hora e meia. Esse pensamento me adormece e eu acordo, uma hora depois, tão atrasada que chega a ser indecente. Ponho uma xícara de café esfriando em cima da mesa. Saio correndo em direção ao banheiro.       Sim, eu cheguei com o humor já bastante abalado ao meu compromisso das nove. Uma cara de pouquíssimos amigos, exatamente aqueles que me esperavam (ou não) num banco do terminal, esperando uma chave que parecia nunca chegar. Bem, todos provavelmente já sabiam que algo estava errado comigo. Prova veemente: ninguém perguntou nada.       Decidimos tomar nosso rumo e esperar a chave que abria as portas da esperança nosso espaço de trabalho. Chegamos constatando que já estava aberto, então tivemos poucos contratempos - cof, cof - que chateasse alguém. Até ali.       As vezes você acorda mesmo de mal humor. Seja porque dormiu pouco, porque dormiu mal, porque não dormiu, porque algo aconte

Heróis

        Um dia você sempre se depara com situações constrangedoras. Como encontrar a pessoa por quem você tá afim com ketchup no queixo. Ou pisar num monte de caca a caminho de uma reunião importante. Ou ser bizarro quando tudo mundo espera que você seja incrível e brilhante.        Expectativas nunca parecem ser suficientes para suprir o que os olhos parecem ansiar por consumir o tempo todo. Você precisa de um bom cabelo, uma boa aparência, uma boa desenvoltura social e uma boa vida. Como uma inspiração ás avessas, é importante que esteja sempre bem, confiante e divertido, com um ótimo futuro fazendo tête-à-tête com todo mundo, mesmo que não com você. Nada pode dar errado.       É impressionante o quanto conseguimos ser ambiciosos com a relação a nós e aos outros e como todo mundo se deixa levar por isso. Em algum momento a vida incrível que você tá construindo na escola, no trabalho, com os amigos, na internet, enfim, uma hora tudo isso pisa em falso e aí quem te conhece e você

Sexta á noite

Sexta-feira a noite. Momento propício para os melhores planos que resultam nas melhores histórias de sábado de manhã. Quando você decide se vai fazer parte dessas histórias ou não. Um aniversário. Bem, eu tinha um plano na cabeça e uma vontade dentro do heart: seria a melhor sexta-feira de todas, com direito ás melhores coisas dos dois mundos: a proteção de um lugar aconchegante pra descansar precedida pelas melhores badalações a que este dia teria direito. Um aniversário. Bem que dizem que que quando a maré tá boa, desconfia que vem tempestade. Eu não sou exatamente do tipo otimista e talz, que sempre acha que vai dar tudo certo (comigo). Então, quando eu vi que não tinha dado nada errado, eu estaria livre da escravidão , das tretas, dos contratempos, enfim, o caminho estava livre, desconfiei mil vezes mais. E estava certa. Do nada, eu precisei trabalhar e havia um ou dois empecilhos na frente. Um deles, definitivo: "me diz onde é que eu te levo lá". Sério isso? O q

Padrões

E depois de uma noite ansiando por alguma resposta, adormeci inquieta e arriscando acordar o tempo todo, só pra saber se ele estaria lá. Não sei porque ainda me importo. Eu queria a capacidade de não sentir isso por ninguém. Quem sou eu pra levar outra pessoa á status de “coisa mais importante da minha vida”? E como eu permito que tais seres me façam perder noites de sono, tão preciosos pra minha própria existência? O meu medo é que chegássemos á esse ponto. Em que minha vida pouco valeria longe dos olhos acastanhados e cachos de caramelo. O meu medo é que lá se vá três anos (na melhor das hipóteses) ansiando por ele e esperando algum sinal de “ei, eu quero sim, vem!” Esse mês foi um dos mais melancólicos. Coisas de fim de ano. Tempo de acabar de resolver de impor. Eu Não Quero Mais. Eu Não Vou Fazer Mais. CHEGA! Que nada. Ano que vem é tudo de novo. Aqui estarei eu amando como louca, gritando como louca, bebendo como louca, vivendo como louca. E digo isso porque eu sei que não, não

Porque você sente medo, eu sinto medo

Depois de uma longa espera, com direito a contratempos e desencontros, finalmente conseguimos marcar o parque. Sim, o parque de diversões que chegou aqui em São Luís e sempre parece que vai levar uma eternidade pra ir embora até que aquela maravilhosa promoção é lançada: na compra de um passaporte + um quilo de alimento não perecível, brincam duas pessoas! (sim, eu escrevi e li depois com a voz do locutor na minha cabeça). Depois disso, leva mais uma eternidade até ele realmente ir embora - afinal de contas, tem uma cidade inteira pra tirar a tarde especialmente pra se divertir e sentir alguma adrenalina. O grande problema é que os brinquedos mais hardcore são poucos - e nem tão hardcore assim, na minha  ferrenha e mal criada  opinião - o que leva os mais ansiosos pelo frio na barriga a pensarem em ir mais e mais vezes, em todos os  quatro  brinquedos loucos possíveis, em nome do direito de sentir o estômago revirar em pleno ar ou no meio de um giro tão rápido que possa te fazer

Habilidades

Ah, tédio. Como eu falei na última postagem, minha universidade tá de greve e, com isso, sou obrigada (sou sim!) a me mexer e procurar algo pra fazer. Sendo assim, quando não estou no trabalho, tô sempre naquela aflição do ócio, e felizmente, quase sempre arranjo alguma coisa pra fazer. Acontece que não trabalhei esse final de semana, e minha irmã resolveu sair para um acampamento com a igreja. Feliz? Não, né. Já via que ia derreter de tanto nada que eu ia fazer e achei de comentar isso com um amigo (Rafael, divo princeso <3). Na verdade, eu ia chamar ele pra fazer alguma coisa (nem que fosse terminar de destruir o meu Wreck this journal na mesa da cozinha dele), mas aconteceu o contrário. Ele havia combinado de tirar fotos com uma amiga, Jéssica, que eu já conhecia e me chamou pra ir junto. Vejam, eu estava entediada e, sim, desesperada pra tornar meu fim de semana ao menos um pouco melhor. E ele é meu melhor amigo ever. CLARO que eu aceitei. A questão: eles dois fotogra

R-O-L-A: FÉRIAS!

Eu estudo numa universidade federal. Além da diversão (êêeêêêê) de todos aqueles privilégios da vida acadêmica "sem pagar por isso" (porque todo mundo sabe a fortuna que se gasta em xerox, xerox e mais xerox), temos o bônus de acompanhar uma greve vez ou outra, porque a vida é assim mesmo. Entrei de férias dia 16 de julho (ó, fatídico dia) e desde então, só voltei ao campus para assuntos burocráticos que não dependiam dos servidores que entraram em greve duas ou três semanas depois (como uma professora que não recebeu meu trabalho de reposição e me deixou reprovada ~lágrimas eternas~). Pois bem. Eu raramente me dou bem com férias. Além de me ser um período extremamente solitário, já que quase todo mundo viaja ou trabalha, meu contato com os amigos é unica e exclusivamente via internet. Um ou outro ainda fazem questão (ou não) de permanecer na cidade, e eu colo, porque eu sou dessas e pronto, vlw. Além disso, o tédio vai me consumindo numa velocidade que na segunda seman

Quando eu percebi que tudo estava indo pro buraco

Eu nunca fui o tipo de garota extravagante. Nunca fiz questão de ser o centro das atenções e conversas, nunca quis estar na boca de ninguém. Sendo assim, as únicas pessoas que sempre se aproximaram de mim foram aquelas que tiveram paciência, compreensão, ou simplesmente foram capazes de ver o que ninguém veria assim, a olhos nus e devassados. Mas, a estes, pouco faltou doses de mim em concentração forte, porque eu sou daquelas - ou é 8, ou é 80. De uns tempos pra cá, vim descobrindo que existem, assim como eu, muitas (muitas) pessoas diferentes no mundo e tenho aprendido a gostar ou pelo menos conviver e sempre aprender com todas elas, afinal todo mundo é passível diante dessas trocas da vida em sociedade (a menos que viva em uma caverna, isolado e ainda não tenha se matado). Mas, ás vezes é muito, muito difícil. Existem pessoas que simplesmente não pensam como você, certo? Certo. Mas dentre essas tem aquelas que vão contra princípios que você cultiva desde que se entende